Marcha das Vadias, Belo Horizonte

(todos os direitos reservados, imagem facebook, edição Brenda Caroline)

Há quatro anos atrás, no Canadá, um policial disse que as mulheres tinham que parar de se vestir como vadias se não quisessem ser estupradas. Revoltadas com a falta de respeito do policial juntou-se todas as mulheres para andar pelas ruas como verdadeiras vadias,protestando a violência sexual, como se a maneira de como nós nos vestimos influenciasse no estupro. Foi ai que surgiu a Marcha das Vadias, expandindo para todo o mundo. 

(Todos os direitos reservados, imagem facebook)

Ontem tivemos o prazer de manifestar-se a Marcha das Vadias pela quinta vez em Belo Horizonte.
Aconteceu no período da tarde nas ruas do centro, começando como seu ponto inicial a Praça da Liberdade e finalizando na rua Guaicurus.

 Pude presenciar esse momento tão importante para mim quanto para qualquer outras pessoas que estavam ali. Dessa vez nosso principal foco foi a legalização do aborto, relatando também e diversidade pois tivemos a participação de mulheres negras, brancas, bis, transexuais, lésbicas entre outras. Apesar de o núcleo da manifestação ser o aborto, consegui enxergar mais a homossexualidade focada ali,  mostrando e desejando sua igualdade, o seu direito de poder viver em uma sociedade sem regras, principalmente sobre sua sexualidade.

Além disso houve a participação de homens, o que foi surpreendente para algumas pessoas. Sabemos que a Marcha das Vadias é um evento relativamente feminino, mas a muitos homens, homossexuais, travestis, que também sofrem com isso, não necessariamente com eles em si, mas sim vendo a falta de igualdade entre todos nós, os deixam revoltados com a atitude da sociedade e acham necessário ir para as ruas ajudar nós a ter uma sociedade mais justa, lutando ao machismo.Isso foi muito gratificante para as mulheres ao ter apoio deles também, transformando a manifestação mista.

Esperamos uma transformação na questão do aborto, além de que desejamos acabar totalmente com o machismo. É claro que isso pode diminuir, mas ainda encontraremos essa questão na nossa sociedade, estaremos sempre unidas para lutar a igualdade e aos direitos que necessitamos até que tudo isso seja resolvido.