
É tão incrível como as coisas passam tão depressa. Quando você conhece uma menina na fila do supermercado, começa a conversar como se já se conhecessem, ficam tão próximas até virar melhores amigas, vivem momentos inesquecíveis, têm histórias que vocês querem guardar para contar para os seus filhos e netos, e depois de um tempo, você para e olha aquela foto que tiraram no parque de diversão. Ah aquele dia foi tão incrível não foi? Mas ela não está mais aqui, não é mesmo? Vocês não são mais amigas. Por circunstâncias da vida. Mal mal falam um oi uma para outra ou pergunta só para saber como está. Que orgulho. A gente nunca imagina um fim para as coisas.
Engraçado né? Quando eu ando pelo pátio da escola e esbarro
com aqueles amigos que eram o meu grupinho. -Opa, desculpa. São as únicas palavras
que a gente consegue trocar. Como se nunca tivéssemos no conhecido. Como se não
tivéssemos sido amigos.
É inacreditável como eu chorava há dois anos porque aquele
meu amigo, me deixou. E hoje eu nem se quer consigo lembrar da voz dele, do
abraço dele, do carinho que a gente trocava. E isso acontece tantas e tantas
vezes e parece que eu nunca aprendo. Que todo mundo vai ir embora. E a gente
precisa aprender a lidar com isso e se adaptar com isso. Ao invés de ficar
chorando e se lamentando por mais alguém que se foi.
Há pouco tempo eu conheci uma pessoa muito especial. Que eu
queria guardar em uma caixinha que fica em cima da minha escrivaninha, e nunca
mais deixar ir embora. Eu lembro como se
fosse hoje, que nos primeiros dias que começamos a conversar, ele me disse que
não se afastaria de mim e que tentaria manter o máximo possível pra gente
continuar amigos. De manhã cedo, a gente marcou de se vê, e começamos jogar
conversa foro sobre a gente no futuro. E de noite, ele me deixou uma mensagem
de texto falando que não queria mais eu na sua vida. E o que a gente faz?
É tão estranho acordar e não ter mais mensagem, não ter mais
aquela pessoa ali, simplesmente sumir das suas redes sociais, de todos os lugares,
como se nunca tivesse existido. Como se nunca tivéssemos nos conhecidos. E a
única coisa que te pedem para fazer, é para você aprender a se adaptar com
isso. Te pedem para esquecer, mas esquecem que isso só é possível se a gente
bater a cabeça e esquecer a memória. Ou talvez ter Alzheimer. Eu não sei lidar
com isso. Eu não sou obrigada a ter que lidar com isso. Mas se pudesse escolher
alguma coisa e pudesse pedir para qualquer pessoa. Por favor, não entra na
minha vida se não tem intenção de ficar. Ou falar coisas que não vai cumprir.
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